Vigésimo sétimo sucessor de Santo Inácio de Loyola, o padre Pedro Arrupe foi o Superior Geral da Companhia de Jesus de 1965 a 1983. Apresentado na série Pode me Chamar de Francisco como General Arrupe, o sacerdote espanhol escolhe o jovem Jorge Mario Bergoglio para ser o Superior Provincial dos Jesuítas na Argentina e Uruguai entre 31 de julho de 1973 e 8 de dezembro de 1979.
“Forte com a Doutrina e flexível com a humanidade“. Esta marcante descrição de Francisco é dita na série do Netflix por Arrupe e é dita para justificar a escolha de Bergoglio para o cargo. Uma definição pontual e fiel do padre Jorge e atual Papa Francisco: alguém que não fere a Doutrina da Igreja, mas também não abandona os corações feridos.
O jornalista argentino Armando Rubén Puente fala no livro Yo, argentino que o padre Arrupe estava muito preocupado com as guerrilhas, terrorismo e golpes de Estado na América Latina e, por isso, nomeou Bergoglio em sua visita pelo continente.
Pedro Arrupe nasceu em Bilbau no ano de 1907. Entra para a Companhia de Jesus (Jesuítas) e se ordena sacerdote em 1936. Assim como Bergoglio, desejou ir ao Japão como missionário e foi atendido em seus pedidos no ano de 1938. Passou por diversas dificuldades, inclusive ao sobreviver à bomba atômica de Hiroshima. É escolhido para ser Superior Geral da Companhia de Jesus em 1965 e permanece até 1983, quando sofre uma trombose cerebral e deixa o cargo.
Missionário, entusiasta do Concílio Vaticano II, animador de seus companheiros e grande intelectual. Essas característica marcaram a vida de Arrupe até sua morte em 1991. Sua fama de santidade é notória e um site recolhe memórias e testemunhos de pessoas que conviveram com o padre espanhol ou pediram sua intercessão em alguma necessidade.
O atual Superior Geral dos Jesuístas é o padre venezuelano Arutro Sosa, 31º ocupante do cargo máximo na Companhia de Jesus. No cargo desde 2016, Sosa conheceu o padre Arrupe quando era seminarista em Roma e se tornou seu grande admirador.